Há dez anos sem publicar um livro, Fabiane Langona lança coletânea de tiras publicadas na Folha de São Paulo, Viver Dói.
"Não é bem isso", era o que a autora sentia, ainda na adolescência, quando lia histórias em quadrinhos com personagens femininos. "Claro, eram visões estereotipadas, apelativas sexualmente e que não refletiam a realidade. Era um outro ponto de vista sobre o que sentimos e somos. Havia algo de estranho em termos de representação."
"Instintivamente comecei a desenhar o que não lia". Entre o deboche e o escracho, Fabiane mostrou que humor é território feminino, tornando-se uma das mais importantes cartunistas brasileiras. Sua tira, Viver Dói, aborda de forma crítica e afiada aspectos que refletem o existir, e porque não, o sobreviver em sociedade. Temas como vaidade, consumo, saúde mental, aborto, menstruação, relações interpessoais e muitas banalidades extraordinarias do cotidiano estão lá, pra rir e pra chorar. Pra chorar de rir? Ou pra rir chorando!?
Fabiane começou sua carreira nas artes-gráficas por volta de 2005, quando trabalhou como assistente de redação na revista MAD in BRAZIL. É autora dos livros Uma Patada com Carinho (Troféu HQ Mix Melhor Publicação de Humor Gráfico), pela Barba Negra, Algumas Mulheres do Mundo, pela Mórula Editorial, e A Mediocrização dos Afetos pela Ugra Press.
Teve seus trabalhos publicados nos mais diversos veículos, dentre eles Revista Piauí, Le Monde Diplomatique Brasil, Revista Quatrocincoum, Revista TPM, O Estado de São Paulo, Diário de Pernambuco, Courrier Internacional (FRA), Stripburguer (ESL), Mongólia (ESP), entre outros.
Atualmente publica a tira diária Viver Dói, e a charge semanal Hora do Café no jornal Folha de S. Paulo.