Em 1608, Quebec era apenas um nome rabiscado num vago mapa da América do Norte, um grande edifício fortificado construído às margens do São Lourenço, onde cerca de quarenta almas se preparavam para passar o primeiro inverno. A França de Henrique IV pouco se importava com estes hectares de neve habitados por um punhado de selvagens. Mais preocupada com a riqueza proporcionada pela caça às baleias e pelo comércio de peles, ela não imaginava de forma alguma o estabelecimento de uma colônia. Samuel de Champlain, fundador de Quebec, nunca deixaria de defender o "seu" Canadá. Ele será capaz de impor um clima de paz e confiança entre as nações nativas americanas (Hurons, Alguonquins, Montagnais) e os franceses. Destas relações nascerá um comércio próspero. Peles de castores e lontras são trocadas a preços baixos por panelas, machados, pregos e outros objetos de ferro diversos. Este comércio lucrativo durou pouco tempo... Os incessantes ataques assassinos realizados pelos iroqueses no vale de São Lourenço contra os comboios de peles Huron ou Algonquin rapidamente exasperaram a pequena comunidade francesa. Ansioso por consolidar a aliança feita com seus aliados ameríndios, Champlain tomou o caminho da guerra ao lado deles e partiu para a Iroquoisia. É neste contexto que se passa a seguinte história. Ao longo do rio Iroquois, no Lago Champlain, julho de 1609 na Nova França.
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