No interior do Rio Grande do Sul, a caçula de sete irmãos chega à adolescência e percebe que, para sobreviver, precisa escapar dali. Dezesseis anos mais tarde, ao receber a notícia da iminente morte do pai, decide voltar à cidade natal para um acerto de contas com o passado.
Numa cidade pequena do Rio Grande do Sul, Manu é uma jovem às vésperas da adolescência. Dentro e fora do ambiente doméstico, onde a masculinidade domina, ela percebe que ser mulher é uma condição que limita seu lugar no mundo - uma fonte de privação e angústia. Cedo a garota chega à conclusão de que precisa encontrar uma rota de fuga, de preferência bem longe dali.
Já adulta, morando em outra cidade, Manu recebe a notícia de que o pai está muito doente e decide visitá-lo. O retorno é um caminho doloroso: por um lado, a força a se haver com mágoas do passado; por outro, oferece a chance de ressignificar uma relação marcada pela incompreensão, pelo silêncio e pela violência.
Neste romance com fortes tintas autobiográficas, Manoela Sawitzki joga luz sobre o processo de se tornar mulher, a delicadeza das dinâmicas familiares e o modo como o luto é capaz de reconfigurar vínculos.
"Um pai violento pode ser amado? Filha arrebenta essa pergunta para transformá-la, com os estilhaços, na mais comovente literatura." - Natalia Timerman
"Romance que conecta a geração de filhas sobreviventes aos anos 1980 e 1990. Também as que vieram e virão depois. Um enredo que chega feito o pai, manso da porta para fora; escrito pela filha, a explosão do corpo para dentro. Espetacular." - Andréa del Fuego
"Caçula é quem aprende por último; descobre, à custa do abandono mediado e circunstanciada por falsas regalias, a casa e o mundo. Já a caçula de Manoela Sawitzki é gloriosa, teme sem desistir e escreve lindamente." - Bruna Beber