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A paixão medida

A paixão medida, um dos livros mais emblemáticos de Carlos Drummond de Andrade, está de volta. A nova edição conta com projeto gráfico moderno e posfácio inédito de Maria Fernanda Candido, uma ótima oportunidade para redescobrir a poesia única de um dos maiores nomes da literatura brasileira.
 
Prestes a completar 80 anos quando A paixão medida foi lançado, em 1980, Carlos Drummond de Andrade chegava à nova década com vitalidade de estreante. O livro tem início com versos ontológicos, com Drummond seguindo implacável na sua investigação sobre a relação do ser com a imensidão do mundo. Como no poema "A suposta existência": "Existe, existe o mundo / apenas pelo olhar / que o cria e lhe confere / espacialidade?"
Recorrente em sua produção, o poema de amor está representado no soneto "Confronto", em que se dá o encontro entre o Amor e a Loucura, dois sentimentos tão distantes e tão próximos. O poeta olha para trás com graça em textos que revisitam o próprio passado e a História, declarando seu amor às suas "duas riquezas: Minas / e o vocábulo", segundo o poema "Patrimônio". A finitude está no horizonte, vindo a galope no autobiográfico "A morte a cavalo".
A verve fabuladora nunca abandonou o eu lírico drummondiano. Aqui há três pequenas obras-primas de sua poesia em prosa: "A cruz e a árvore", "O marginal Clorindo Gato" e "A visita". Ainda nesta coletânea, o poema "O corvo", de Edgar Allan Poe, faz a ponte para o encontro, ocorrido em 1919, entre o jovem Mário de Andrade e o consagrado Alphonsus de Guimaraens, na cidade mineira de Mariana. Trata-se de uma colagem brilhante que põe em diálogo a obra de três grandes poetas. Drummond fecha o livro com outra homenagem, agora a Camões, em que diz: "Luís de ouro vazando intensa luz / por sobre as ondas altas dos vocábulos".
 
"Não é difícil notar algo na obra de Drummond que, apesar de se inscrever notavelmente em seu tempo, supera as marcas que a fariam envelhecer, como se o rio espesso dos anos levasse aquilo que perece e deixasse o que teima em não desaparecer: como as pedras, mas também as areias, que se rearranjam a todo momento." - Maria Fernanda Candido, para o posfácio de A paixão medida.

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Em Breve!

A paixão medida, um dos livros mais emblemáticos de Carlos Drummond de Andrade, está de volta. A nova edição conta com projeto gráfico moderno e posfácio inédito de Maria Fernanda Candido, uma ótima oportunidade para redescobrir a poesia única de um dos maiores nomes da literatura brasileira.
 
Prestes a completar 80 anos quando A paixão medida foi lançado, em 1980, Carlos Drummond de Andrade chegava à nova década com vitalidade de estreante. O livro tem início com versos ontológicos, com Drummond seguindo implacável na sua investigação sobre a relação do ser com a imensidão do mundo. Como no poema "A suposta existência": "Existe, existe o mundo / apenas pelo olhar / que o cria e lhe confere / espacialidade?"
Recorrente em sua produção, o poema de amor está representado no soneto "Confronto", em que se dá o encontro entre o Amor e a Loucura, dois sentimentos tão distantes e tão próximos. O poeta olha para trás com graça em textos que revisitam o próprio passado e a História, declarando seu amor às suas "duas riquezas: Minas / e o vocábulo", segundo o poema "Patrimônio". A finitude está no horizonte, vindo a galope no autobiográfico "A morte a cavalo".
A verve fabuladora nunca abandonou o eu lírico drummondiano. Aqui há três pequenas obras-primas de sua poesia em prosa: "A cruz e a árvore", "O marginal Clorindo Gato" e "A visita". Ainda nesta coletânea, o poema "O corvo", de Edgar Allan Poe, faz a ponte para o encontro, ocorrido em 1919, entre o jovem Mário de Andrade e o consagrado Alphonsus de Guimaraens, na cidade mineira de Mariana. Trata-se de uma colagem brilhante que põe em diálogo a obra de três grandes poetas. Drummond fecha o livro com outra homenagem, agora a Camões, em que diz: "Luís de ouro vazando intensa luz / por sobre as ondas altas dos vocábulos".
 
"Não é difícil notar algo na obra de Drummond que, apesar de se inscrever notavelmente em seu tempo, supera as marcas que a fariam envelhecer, como se o rio espesso dos anos levasse aquilo que perece e deixasse o que teima em não desaparecer: como as pedras, mas também as areias, que se rearranjam a todo momento." - Maria Fernanda Candido, para o posfácio de A paixão medida.

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