"Nesta família não há chefes, somos uma cooperativa", foi o que Mafalda disse quando o vendedor bateu à porta pedindo para falar com o chefe da casa. A garota já tinha percebido que essa coisa de chefe era uma grande bobagem.
Rebelde, inteligente e idealista, Mafalda entende melhor do que qualquer adulto que em sua casa não deveria haver estereótipos. A família sem sobrenome de Mafalda vai além de uma foto na estante: almeja algo mais.
Assim, da primeira à última tira, somos convidados a uma viagem para fugir da vulgaridade à qual a família parecia condenada. Para sair da monotonia, para demonstrar que a normalidade não existe e que as bases do "ser família" são construídas, afinal, por cada um dos seus membros.
"Com vocês, a filósofa que usa lacinho com a qual cresceram várias gerações, [...] a Greta Thunberg das histórias em quadrinhos. [...] Por seu espírito contestador, humor afiado e piscadelas progressistas, Mafalda nunca ficará fora de moda. [...] Quino conquistou a imortalidade e os amantes de quadrinhos, uma heroína para todos os públicos. Uma heroína que, se der bobeira, solta em tom filosófico: 'O que você gostaria de ser se estivesse vivo?'"
El Mundo