Um celebrado clássico moderno do horror e da literatura experimental inédito no Brasil e totalmente colorido
Prepare-se para uma experiência de leitura extraordinária! Após anos de pedidos dos leitores, a DarkSide® Books enfim traz ao Brasil Casa de Folhas: Limited Edition Full Color, de Mark Z. Danielewski, um celebrado clássico moderno do horror e da literatura experimental inédito no Brasil e totalmente colorido, com selo de aprovação do autor.
Nesse cultuado romance, começamos com a narração de como Johnny Truant, um problemático funcionário de um estúdio de tatuagem em Los Angeles, se depara com os escritos de Zampanò, um idoso cego e recluso encontrado morto em seu apartamento. Nesses escritos, Zampanò conta a história de uma família que vive numa casa onde as leis da física não existem tal como as conhecemos.
Na narrativa pontuada por notas de rodapé com comentários de Truant, Zampanò faz uma análise profunda de como nem o fotojornalista Will Navidson, vencedor do Prêmio Pulitzer, nem sua companheira Karen Green estavam preparados para enfrentar as impossibilidades físicas de sua nova casa na Ash Tree Lane, Virginia, nos Estados Unidos, um lar onde o lado de fora e o de dentro tinham dimensões diferentes.
Quanto mais Johnny Truant lê sobre a casa, mais atordoado ele fica. A paranoia o assola. Ele não pode simplesmente descartar os escritos de Zampanò como se fossem as divagações de um velho maluco, pois está começando a notar as coisas mudando a cada dia ao seu redor.
Na história dentro da história, Navidson organiza grupos de expedições pelo cômodo secreto que fica do outro lado da porta de um armário de um dos quartos desta casa misteriosa. Conforme os membros do grupo avançam, esse cômodo escuro e vasto parece mudar de forma e brincar com seus medos, sensações e apreensões. O grupo deve enfrentar um abismo cada vez mais insondável e o rosnado sinistro que rompe as paredes e consome todos os sonhos deles.
Após sua publicação em livro, no ano 2000, Casa de Folhas ganhou um status de culto no mundo inteiro. Se parte disso se deve às histórias e discussões profundamente humanas que permeiam a obra, parte também se deve a suas características físicas e estilísticas únicas.
Fruto de um processo de escrita, pesquisa e edição que durou vários anos, a obra de Danielewski homenageia a literatura de horror e seus criadores, e tem a casa e o livro como objetos eixo desse experimento literário, cercados de metalinguagem em que a publicação acadêmica, com citações, o design, apêndices e índice remissivo se tornam parte da narrativa. A cada página e a cada porta aberta o livro se transforma em uma mapa arquitetônico literário que nos guia por cada cômodo, porão e quartos secretos onde paredes invisíveis nos conduzem a um horror labiríntico e claustrofóbico. Uma obra rara que manifesta no livro e na casa toda sua beleza, poesia e horror. Uma verdadeira planta baixa do real e do insólito, em que a dualidade dessa coexistência agrega concretude aos nossos medos e ao vazio de nunca mais existirmos sem a materialidade da palavra.
A obra também está repleta de notas de rodapé, referências incontáveis a obras (reais e imaginárias), anotações de leitura dos narradores e comentários dos editores a quem Truant supostamente enviou o livro para publicação. O estilo da prosa varia de acordo com quem está falando ou escrevendo (muitas vezes, vozes diversas se acumulam numa mesma página), e ele está recheado de jogos de palavras, mensagens secretas, enigmas, anagramas, acrósticos, citações, dados literários, históricos, filosóficos, científicos, mas sem nunca se distanciar da dimensão humana e poética dos personagens.
Parte do culto a Casa de Folh