Citada em O Senhor dos Anéis, a principal história contada em O Silmarillion narra o romance e a jornada épica de Beren, um homem mortal, e Lúthien, uma princesa élfica. O pai dela, um grande senhor élfico, opõe-se à união e, para permitir o casamento com Lúthien, impõe a Beren uma tarefa impossível de ser realizada. É este o foco central da lenda: a tentativa incrivelmente heroica de Beren e Lúthien juntos, roubar uma Silmaril do maior de todos os seres malignos, Morgoth, o Sombrio Inimigo do Mundo.
Escrito originalmente entre 1916 e 1917, o conto de Beren e Lúthien sofreu diversas mudanças e ajustes ao longo de toda a vida de J.R.R. Tolkien. Neste livro, seu filho, Christopher Tolkien, reuniu pela primeira vez as diferentes versões da lenda, escritas em diferentes épocas, em prosa ou em versos altamente musicais. Ao lado de "A Queda de Gondolin" e "Os Filhos de Húrin", "Beren e Lúthien" era considerado por Tolkien um dos Três Grandes Contos dos Dias Antigos. Cada um deles é apresentado, de forma resumida, em O Silmarillion, mas também foi desenvolvido por Christopher, cada qual, em um livro próprio. Dentre eles, talvez "Beren e Lúthien" fosse o mais apreciado, a nível pessoal, por seu próprio autor, que relacionava o romance mágico entre os dois protagonistas à sua própria história de amor com a esposa, Edith Bratt.
A grande aventura do casal é retratada através das belíssimas ilustrações do renomado artista Alan Lee, ganhador do Oscar de Melhor Direção de Arte pela trilogia cinematográfica de O Senhor dos Anéis.