Em 2120, o recurso essencial é a memória virtual. Com milhões de giga consumidos pelas redes sociais, não há espaço para mais dados. Quem decide o que apagar são os "profetas", uma espécie de polícia que define o destino de milhares de obras culturais. Yves, um arquivista, tem a tarefa de tentar defender certos dados, cuja perda considera dramática para o patrimônio da humanidade. Mas está ficando cada vez mais difícil frear a destruição das informações e ele não suporta a ideia de ver obras-primas como 2001: Uma Odisseia no Espaço desaparecerem para sempre. Para salvá-los do esquecimento, Yves decide armazenar ilegalmente esses dados em seu robô doméstico, Mikki, que também carrega sua filha ainda não nascida. Porém, as coisas não são tão simples: as autoridades percebem suas atividades clandestinas e vão atrás dele. Em 2020, a obra recebeu o Grande Prêmio da Crítica da ACBD - Associação dos Críticos e Jornalistas de Quadrinhos, uma das premiações mais importantes do segmento na França. O autor, Ugo Bienvenu, é um dos maiores da ficção científica contemporânea e um dos responsáveis pela nova encarnação da revista Métal Hurlant. O livro tem acabamento de luxo, capa dura com verniz localizado, 168 páginas em cores, impressas em papel couché de alta gramatura, além de um marcador de páginas exclusivo.