Antes de Kate Beaton se tornar uma quadrinista reconhecida, com tiras e ilustrações publicadas em diversas revistas, existia a Katie Beaton dos Beatons de Cape Breton, da costa leste do Canadá. Mais especificamente de Mabou, uma comunidade à beira-mar onde as lagostas são tão abundantes quanto as
praias, os violinos e as canções gaélicas.
Recém-graduada, sem emprego e sem perspectiva de quitar o empréstimo estudantil, Katie decide ir para o oeste a fim de participar da "corrida do petróleo de Alberta". Junta-se a tantos habitantes da costa leste que abandonaram a tão amada terra natal em busca de um emprego com bom salário.
Em pouco tempo nos campos, Katie depara com a dura realidade da vida nas areias betuminosas, onde o trauma é uma ocorrência diária - embora jamais seja discutido.
Patos - dois anos nos campos de petróleo é uma história que não costuma ser contada, a história de um território que se orgulha de seu etos igualitário e de sua beleza natural ao mesmo tempo que explora as riquezas de terras roubadas tanto quanto a vida de povos originários.