Inspirado por A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells, Héctor Germán Oesterheld publicou, entre 1957 e 1959, aquela que se tornaria uma das maiores obras-primas dos quadrinhos mundiais: O Eternauta. Originalmente ilustrada por Francisco Solano López, a obra narra a invasão de Buenos Aires por uma raça alienígena. Ao longo da trama, repleta de reviravoltas e personagens marcantes, o protagonista Juan Salvo resiste aos extraterrestres, viaja no tempo e, apesar de si mesmo, torna-se o legatário final de toda a humanidade.
Dez anos depois, em 1969, Oesterheld retorna ao seu magnum opus e, em parceria com o lendário artista uruguaio Alberto Breccia, reimagina sua criação em uma versão ainda mais ousada. Aqui, não apenas o enredo ganha contornos mais politizados, como a arte experimental e sombria de Breccia transforma O Eternauta em algo completamente novo: uma distopia carregada de simbolismo, tensão e crítica social.
Publicada no Brasil pela primeira vez em 2019, O Eternauta 1969 venceu o Troféu HQMIX de Edição Especial Estrangeira. Agora, com a estreia de sua adaptação na Netflix, a obra retorna em uma edição especial, com novo projeto gráfico.